Filha do Som
Everton Pessan
Sou as teclas de um piano
Na imensidão do silêncio
Infinitos sons que se propagam
Como as ondas, ao beijar a areia do mar
Sou uma voz suave,
Tal respiração profunda
No Silêncio, aguardo o seu cantar
Na penumbra, inspiro seu expirar
Sou a vibração das cordas
E na acústica claridade de sua alma
Faço-me ecoar aos cantos todos
Ouço a música a me chamar
Ó, filha do som
Que traz melodia à escuridão
Deixa seu canto ressoar os quatro cantos
Deixa sua voz transformar esse mundo sem encanto
Se um dia parar de cantar
Triste hei de ficar, e os demais
Nesse mundo em que o silêncio, ensurdecedor
Precisa de sua voz, para embalar a vida
Se um dia sua voz se calar,
Que seja por ferir a fúria silenciosa
Daqueles que por você suplicam
Um canto de adeus
Poema branco
Há 7 anos
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